22 junho 2015

Resenha: Fahrenheit 451

   Montag é um dos bombeiros de uma sociedade cuja essa profissão não tem como função apagar incêndios, e sim o começá-los... Nessa distopia temos um governo opressor que proíbe qualquer forma de manifestação de opinião própria, e com isso, ler livros é uma forma de ato de crime extremamente ofensiva ao governo.
   Guy Montag é casado com Mildred há tantos anos que nem se lembra de como se conheceram... Ela é igualmente alienada como todas as pessoas dessa sociedade que passam todas as horas de seus dias vendo televisão com programações obrigatórias fornecidas pelo governo, e de um tempo para cá isso começa incomodar Guy porque o fato de sua mulher ser tão obsessiva por remédios, televisão e conversas sem nexo algum começa a fazê-lo se questionar sobre a intensidade de sentimentos trocados entre ele e sua mulher...
    É aí que aparece Clarisse, sua vizinha de dezesseis anos que é diferente de todo o resto da sociedade da qual Montag está acostumado. A jovem aparenta ser muito mais madura do que Mildred por fazer o que ninguém mais faz: indagar os "por quês" de tudo ao seu redor.
   Aos poucos temos Guy se aproximando da menina e também compartilhar de suas filosofias, fazendo um homem maduro de uma hora para outra se tornar um menino em um mundo estranho... E a partir daí, queimar livros não se torna mais uma prioridade dentro de sua profissão, já que ele começa a perceber que esse governo é manipulador e sua destruição é justamente o que eles tanto proíbem: a opinião própria.
   Através dessa nova linha de pensamento de Montag, conhecemos o personagem Faber que é um professor arruinado, que com diálogos profundas deixa claro para Montag que os "por quês" na sociedade em que vivem é um fator de extrema importância e que se eles estão fartos desse mundo artificial, terão que se unir e rumarem à um confronto direto com o governo que poderá arriscar suas próprias vidas... E a revolução começa por aí!


    Que livro! 
   Provavelmente esse é o primeiro clássico que leio na vida, e posso afirmar que minhas aventuras pelo "gênero" só estão começando... De uma forma geral, esse livro é tão complexo que julgo impossível dar uma opinião concreta sobre a experiência que tive com Fahrenheit 451. 
   Nessa leitura, me vi perdido à tantas reflexões, criticas e questionamentos que ao terminá-la a forma perfeita de descrição sobre o que se passava em minha mente eram muitos, vários e inúmeros pontos de interrogação pairando na cabeça.


   Personagens, enredo e escrita. 
   Todos os personagens são tão bem escritos que por ser um livro com poucas páginas, a densidade de cada um deles é tão imensa que faz o livro se tornar uma caixinha de surpresas, sem saber o que esperar a cada página. 
   O enredo em si é um tema ótimo levando em consideração a época em que o livro foi escrito. Ray Bradbury explora de uma forma romântica todas as críticas que a sociedade o despertava em sua juventude, que coincidentemente se encaixa com o mundo hoje. O autor na época nos relata de acordo com a sua imaginação como seria o mundo hoje, de como o governo estaria presente em todos os nossos atos e estaria sempre ao controle de tudo...
   É sensacional todas as questões que ele coloca no livro ao descrever essa sociedade, e garanto que ao lerem vocês vão achar várias reflexões em uma só linha.
   Por esperar a leitura de um livro de época me surpreendi com a estrutura simples e fácil de como esse autor escreve. Uma leitura bem fluída e com bastante aprendizado quando se trata de vocabulário.

Até mais Ledores!

06 junho 2015

2 dias, 4 filmes! (Indicando Filmes)


   Ah, como é bom passar o final de semana todinho  enrolado em uma coberta, acompanhado com muita pipoca e filme não é mesmo? Então hoje venho indicar para vocês 4 dos melhores filmes que vi nesses últimos dias e que recomendo! Vamos lá...

1. Simplesmente Acontece  


   Sinopse: Os jovens britânicos Rosie (Lily Collins) e Alex (Sam Claflin) são amigos inseparáveis desde a infância, experimentando juntos as dificuldades amorosas, familiares e escolares. Embora exista uma atração entre eles, os dois mantêm a amizade acima de tudo. Um dia, Alex decide aceitar um convite para estudar medicina em Harvard, nos Estados Unidos. A distância entre eles faz com que nasçam os primeiros segredos, enquanto cada um encontra outros namorados e namoradas. Mas o destino continua atraindo Rosie e Alex um ao outro.

   Rosie e Alex são melhores amigos desde que se conhecem por gente, e como de praxe, também são apaixonados um pelo outro desde pequenos, mas nunca tiveram a coragem para romper essa barreira de amizade e se declararem, levando isso à fazer cada um tentar seguir sua vida com outras pessoas. Mas o destino está ao favor do casal, fazendo seus caminhos sempre se encontrarem e o sentimento florescer ainda mais forte.
   Um filme totalmente clichê, mas uma produção bastante trabalhada esteticamente e uma forte dose de comédia fizeram esse clichê não ser tão chato assim e no final, resultará num filme muito legal para passar o tempo e que vai te tirar muitas gargalhadas. Apesar de ter um ótimo elenco também!


2. Ex Machina



   Sinopse: Caleb, um jovem programador de computadores, ganha um concurso na empresa onde trabalha para passar uma semana na casa de Nathan Bateman, o brilhante e recluso presidente da companhia. Após sua chegada, Caleb percebe que foi o escolhido para participar de um teste com a última criação de Nathan: Ava, uma robô com inteligência artificial. Mas essa criatura se apresenta sofisticada e sedutora de uma forma que inguém poderia prever, complicando a situação ao ponto que Caleb não sabe mais em quem confiar.

   Caleb é um jovem inteligente que trabalha na maior empresa de buscas na internet do mundo, e logo no início do filme vemos que o jovem foi selecionado para trabalhar diretamente com o criador do site. Ele é mandado para a floresta onde Nathan se isola do mundo com fim de desenvolver seus projetos ultrassecretos sem ser perturbado, e Caleb tem como função, testar o maior projeto de Nathan: a inteligência artificial. Nessa interação com uma máquina, Caleb passa por longas dúvidas sobre sua humanidade e incrivelmente se apaixona por uma máquina.
   Fantástico, um dos melhores filmes de inteligência artificial que já vi! O filme tem um lado psicológico bem forte e que te faz refletir muito. Os efeitos especiais são ótimos e o roteiro em si te faz se encher de dúvidas e se surpreender com o final. Um filme maduro e super inteligente, recomendo!


3. A Teoria de Tudo

   Sinopse: Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme mostra como o jovem astrofísico (Eddie Redmayne) fez descobertas importantes sobre o tempo, além de retratar o seu romance com a aluna de Cambridge Jane Wide (Felicity Jones) e a descoberta de uma doença motora degenerativa quando tinha apenas 21 anos.


   Nesse filme temos um relato baseado na vida de Stephen Hawking, um grande astrofísico conhecido e renomado por suas teorias e grandes conquistas realizadas para o mundo. Eddie Redmayne é o ator que interpreta Hawking desde os seus vinte e um anos, ainda quando sua deficiência estava sendo descoberta e ele estava no começo de suas teorias. Em meio a essa deficiência e as descobertas que estavam por vir também vemos o desenrolar de seu romance com Jane, a mulher que seria o seu primeiro amor e passaria longos anos de sua vida junto à ele.
   O filme que supriu minhas expectativas e me deu a lição de não julgar mais um filme por sua capa. Esperava um romancezinho e me surpreendi quando encontrei um relato de uma história real totalmente bem construída e emocionante. Ótimo elenco e as imagens do filme são lindas. Super recomendo!  


4. Homens, Mulheres & Filhos

 Sinopse: Adultos, adolescentes e crianças amam, sofrem, se relacionam e compartilham tudo, sempre conectados. A internet é onipresente e, nesta grande rede em que o mundo se transformou, as ideias de sociedade e interação social ganham um novo significado. Algumas situações como um casal que não tem intimidade; uma garota que quer ser uma anoréxica melhor; um adolescente que vive em num mundo de pornografia virtual, fazem o expectador repensar a relações humanas.

   Esse filme nos relata os dramas que algumas famílias vivem causados pela conexão da internet e do extremo impacto que tem sobre cada integrante da família, inclusive os próprios pais. Diante a tantas histórias acompanhamos diferentes visões de famílias típicas quando se trata do mundo conectado, desde alguns pais mais liberais até uma mãe que rastreia todos os passos de sua filha nas redes sociais. Ao longo do filme também vemos o desenvolvimento da interação de dois jovens que estão fartos desse mundo sufocante que é a internet, e que para fugirem dessa prisão em que vivem dentro de casa, buscam nesse romance a libertação.
   Esse filme foge dos padrões dos filmes que costumo achar bom, mas ele tem um certo charme que não dá pra resistir. Não é um filme denso e nem muito filosófico, mas o tema que ele retrata e a forma como os adolescentes retratam esse mesmo tema é bem legal e torna o filme interessante.    

Espero que vocês tenham gostado, e até a próxima Ledores!