Os Colegas de Anne Frank é como se fosse um documentário em
livro, não traz uma história exata, não é de fantasia e também não pode ser
considerado um Best seller. Mas dentre tantos “nãos”, o livro se destaca de uma
maneira inexplicável, principalmente para os intensos fãs de Anne Frank.
Nós amantes dessa mocinha vivemos buscamos cada vez mais vestígios
e vestígios de escritos e relatos que possam nos dar algo a mais a aprender
sobre ela, seja ao menos um mínimo relato de seu jeito de se comportar.
Esse livro trás para nós, o relato de um pequeno grupo de
sobreviventes judeus da Segunda Guerra Mundial que estiveram e conviveram com
Anne.
São relatos chocantes, mas também muito emocionantes, contam
sobre como se sentiam diante a guerra e a discriminação, sobre como as memórias
ainda são tão fortes em suas mentes que quando elas vêem, lágrimas escorrem
pelos seus olhos. Sobre como passaram fome e aperto que nenhum ser humano merecia.
Realmente queria poder me aprofundar falando mais e mais
sobre o livro, mas como ele é tão intenso e tão único, só tenho a dizer que só
lendo mesmo para poder sentir essa emoção diante dos acontecimentos.
“- Deixamos de ser crianças para logo ser adultos por força
das circunstâncias.”
- página 81
Diz Nanette se referindo a quanto teve que amadurecer por
conta do sofrimento que passou.
“Os professores também se divertiam com ela. No começo eu só
a achava simpática, mas depois percebi que se tratava de uma garota bastante
especial.”
- página 101
Albert diz sobre Anne Frank. E para ela, ele era apenas um entre seus tantos admiradores.
Ao ler o diário de Anne, sempre achei que Jacqueline van
Maarsen era realmente a melhor amiga dela, e quando chegou sua vez a relatar , não
senti tanta afetividade assim. Calma, é claro que no livro temos a visão apenas
de Anne, sobre como ela se via na escola e como se achava atraente, mas
Jacqueline diz ao contrário.
“Ela não era tão atraente como se achava, só fazia questão
de se achar o centro do mundo.”
Sempre soube que poderia haver controvérsias ao que Anne
escrevia, por isso não fiquei tão chocado ao ler.
"Achei o fato de Anne ter escrito mais impressionante do que o que de fato ela escreveu. Ninguém de nós na época não tinha ideia de que ela se tornaria escritora."
- página 146
"Na época eu também jamais poderia imaginar que ele seria, depois da Bíblia, o livro mais lido do mundo."
- página 166
Diz Nanette se referindo ao livro que já era bastante conhecido em bastante países.
"Quando nao há ninguém que faça por nós, é preciso aprendermos a cuidar de nós mesmos"
- página 168
Sobreviventes que estiveram no reencontro:
Nanette Blitz (São Paulo)
Hannah Goslar (Jerusalém)
Lenie Duyzend (Amsterdã)
Jacqueline van Maarsen (Amsterdã)
Albert Gomes de Mesquita (Eindhoven)
Enfim, um livro tão bom e tão emocionante tem que ser lido não só pelos amantes de Anne Frank. É uma lição de vida.
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