16 novembro 2013

Os Colegas de Anne Frank

   Os Colegas de Anne Frank é como se fosse um documentário em livro, não traz uma história exata, não é de fantasia e também não pode ser considerado um Best seller. Mas dentre tantos “nãos”, o livro se destaca de uma maneira inexplicável, principalmente para os intensos fãs de Anne Frank.
   Nós amantes dessa mocinha vivemos buscamos cada vez mais vestígios e vestígios de escritos e relatos que possam nos dar algo a mais a aprender sobre ela, seja ao menos um mínimo relato de seu jeito de se comportar.
   Esse livro trás para nós, o relato de um pequeno grupo de sobreviventes judeus da Segunda Guerra Mundial que estiveram e conviveram com Anne.
   São relatos chocantes, mas também muito emocionantes, contam sobre como se sentiam diante a guerra e a discriminação, sobre como as memórias ainda são tão fortes em suas mentes que quando elas vêem, lágrimas escorrem pelos seus olhos. Sobre como passaram fome e aperto que nenhum ser humano merecia.
   Realmente queria poder me aprofundar falando mais e mais sobre o livro, mas como ele é tão intenso e tão único, só tenho a dizer que só lendo mesmo para poder sentir essa emoção diante dos acontecimentos.

   Foram tantos quotes que marquei que fica impossível colocar todos aqui, então vou mostrar os que mais gostei.

“- Deixamos de ser crianças para logo ser adultos por força das circunstâncias.”  
- página 81
   Diz Nanette se referindo a quanto teve que amadurecer por conta do sofrimento que passou.



“Os professores também se divertiam com ela. No começo eu só a achava simpática, mas depois percebi que se tratava de uma garota bastante especial.” 
- página 101
   Albert diz sobre Anne Frank. E para ela, ele era apenas um entre seus tantos admiradores.


   Ao ler o diário de Anne, sempre achei que Jacqueline van Maarsen era realmente a melhor amiga dela, e quando chegou sua vez a relatar , não senti tanta afetividade assim. Calma, é claro que no livro temos a visão apenas de Anne, sobre como ela se via na escola e como se achava atraente, mas Jacqueline diz ao contrário.
“Ela não era tão atraente como se achava, só fazia questão de se achar o centro do mundo.”
   Sempre soube que poderia haver controvérsias ao que Anne escrevia, por isso não fiquei tão chocado ao ler.



"Achei o fato de Anne ter escrito mais impressionante do que o que de fato ela escreveu. Ninguém de nós na época não tinha ideia de que ela se tornaria escritora." 
- página 146



"Na época eu também jamais poderia imaginar que ele seria, depois da Bíblia, o livro mais lido do mundo." 
- página 166
   Diz Nanette se referindo ao livro que já era bastante conhecido em bastante países.



"Quando nao há ninguém que faça por nós, é preciso aprendermos a cuidar de nós mesmos" 
- página 168



Sobreviventes que estiveram no reencontro:
Nanette Blitz (São Paulo)
Hannah Goslar (Jerusalém)
Lenie Duyzend (Amsterdã)
Jacqueline van Maarsen (Amsterdã)
Albert Gomes de Mesquita (Eindhoven)

Enfim, um livro tão bom e tão emocionante tem que ser lido não só pelos amantes de Anne Frank. É uma lição de vida.


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