28 novembro 2013

Filme: A Pele que Habito

   Roberto Ledgard é um cirurgião plástico super conhecido, e mora com sua filha Norma, que possui sérios problemas psicológicos.
   Quando era pequena, viu a suposta segunda morte de sua mãe. Já que a primeira, chegou a beira da morte com um incêndio no carro, mas sobreviveu graças a Roberto, que usou seu conhecimento em pele para aliviar a dor da queimação. E totalmente sem pele, parecendo um monstro, ela se olha no reflexo da janela e fica chocada com o que vê, não admite ser ela própria e acaba se jogando da janela, que é quando sua filha vê e fica aterrorizada com aquele monstro no jardim.
   Depois de muitos anos, Norma ainda está em tratamento quando seu médico recomenda ao seu pai que leve a filha a uma festa, diz ele que ver pessoas e conversar com elas, pode ajudá-la já que a menina está praticamente sozinha há tanto tempo.
   Nessa festa de casamento, ela conhece Vicente, que é um jovem aventureiro que não aguenta ficar fora de encrencas, e totalmente inocente, ela cai na história dele... Até que por fim, seu pai Roberto a encontra desmaiada no jardim, e quando a acorda, Norma vê o seu pai como o estuprador e não consegue mais olhá-lo sem gritar, já que ela passa a ver seu pai como o homem em que a violentou.
   Então Roberto começa a elaborar o seu grande e único plano de vingança contra o real estuprador. E bastante atormentado e frio, ele não mede esforços e escrúpulos para que se sinta vingado.




   Não é do meu hábito de costume me aventurar dentre esses filmes espanhóis, e comecei a ver esse filme não sabendo que era um. Mas no final, isso nem interferiu muito no que eu achei dele, mesmo achando esses tais filmes totalmente estranhos.

   Li em algum lugar por aí, que o diretor desse filme disse que queria inicialmente fazer uma história de terror, só que sem gritos e sustos. Com sucesso! Não só um filme de terror, como também um misto de mistério e drama, que te deixa bastante assustado mesmo não tendo sangue, morte, luta, monstros fictícios, demônios etc etc etc. Gostei bastante disso, um filme que mesmo sendo bastante silencioso, é tão assustador quanto.


   Nunca tinha visto um filme sequer com Elena Anaya, mas seu rostinho me pareceu bem familiar. Uma ótima atuação, soube se expressar em silêncio e soube dramatizar e enfatizar o sofrimento que passava.



   Uma ótima dupla! Apesar de todos os acontecimentos do filme, achei que até formaram um belo casal dada as circunstâncias. Não poderiam ter escolhido atores melhores para o papel.


   Também queria comentar aqui uma coisa que não vejo em muitos filmes, aliás, nunca vi. Mesmo tendo algumas horas para contar uma história de anos, esse filme também tem uma outra história secundária. É bem curta, mas que de um jeito ou de outro interferem na história central. E que talvez até, nem seja tão secundária assim. Esse louco ai da foto é filho da mulher a sua frente, dá pra acreditar? Eles não se vêem há anos e blá blá blá.





   Cá entre nós, é um filme extremamente perturbador e pesado. Com flashbacks da atualidade e de seis anos atrás, te atinge em cheio no psicológio e te faz pensar e refletir sobre coisas que jamais iria pensar. Gostei bastante desse filme tão comum mas tão estranho. Lógico que se fosse pra recomendar, recomendaria outros melhores. Mas recomendo esse mesmo assim.   

23 novembro 2013

Resenha: Não é Bem Assim a História

   Renato acaba de entrar em um drama familiar: a separação dos seus pais.
   Seu pai super honesto, apaixona-se por outra mulher e resolve separar-se de sua mãe da forma mais pacífica possível, porém Renato sofre demais com isso, e se rebela não só contra o pai, mas também com qualquer um que tenta ajudá-lo. 
   Vendo isso, a melhor amiga dele, Flavinha, tem uma ideia que pode fazer Renato perceber que não é bem assim a história. E os dois saem pela escola buscando histórias e mais histórias sobre os alunos que tem seus pais separados. 
   E diante a tantas entrevistas até de filhos que nunca conheceram o pai, Renato percebe que o que está passando não é tão grave assim e isso acontece com qualquer um, afinal isso não é o fim do mundo.






   Bom, o livro é tão pequeno que o li em aproximadamente trinta minutos. Tem uma construção simples mas também bastante legal e bonita. É daquelas leituras para uma tarde como passatempo ao lado de um copo de coca-cola.





   Achei o enredo ao total super bacana, que é drama em que muitas famílias passam e que as vezes, os mais prejudicados e que mais sofrem, são os filhos. É um livro tão pequeno, mas tão tocante. Não é muito profundo e nem muito fútil, apenas te passa a tal mensagem e te faz pensar e tirar próprias conclusões.
   Enfim, um livro super fácil de ser lido e que mesmo sendo infantil, recomendo para todos.




Com certeza um dia vou reler esse breve livro de novo.

19 novembro 2013

Filme: Em Chamas

   É com imenso prazer que venho aqui falar para vocês que: EU ASSISTI EM CHAMAS!

   Primeiro vamos para um breve resumo do filme.

   Em Chamas (Catching Fire)
   Desde a vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark, nada mais tem sido igual em suas vidas. 
   E com a chegada da turnê da vitória, está cada vez mais dificil convencer a todos os distritos de que, Kat e Peeta “ainda” continuam felizes e apaixonados um pelo outro e de que também, o que fizeram na arena não foi para desafiar a capital, e sim um ato verdadeiro de amor.
   Mas alguns distritos não vêem os dois jovens como o casal de amantes desafortunados do distrito 12, e sim como os que deram início a uma possível rebelião contra a capital.
   E para mostar seu poder, o presidente Snow usa o Massacre Quartenário ao seu favor, que é um jogo comemorativo de 25 em 25 anos desde os Dias Escuros, onde o distrito 13 se rebelou contra a capital, e foi destruído por isso.
   Diante a essas e tantas outras ameaças, Katniss mais uma vez terá que lutar pela sua sobrevivência, e dessa vez, com muito mais escolhas totalmente decisivas a se tomar.


   Esperei tanto por esse momento para enfim dizer que chegou.
   Mais uma vez Jennifer Lawrance nos passando a emoção da personagem… E com ainda mais prazer digo: não só ela!

     Meus olhos se encheram de lágrima na hora da colheita, onde Effie Trinket tira o único papelzinho com o nome de Katniss, que será o tributo para o massacre. Vê-la quase chorando bastante emocionante, do jeitinho que imaginei quando li. Afinal, quem diria que a doida do primeiro filme/livro seria essa tão apegada Effie de agora?


   De toda a trilogia inteira meu coração sempre foi da senhorita Johanna Mason, e Jena Malone fez isso ficar mais claro do que nunca! Quando li o livro, fiquei tão encantado com ela que lia e relia suas falas várias vezes, até mesmo as mais simples. E como era de se esperar, não via a hora de vê-la em ação nas telinhas. Quando acabou a cena do elevador, queria por que queria que dessem replay naquilo, não me conformei que tinha acabado e fiquei super revoltado com isso. Achei que escolheram uma ótima atriz para o papel, melhor impossível. E vê-la dando a entrevista para o Caeser foi muita emoção para um só coraçãozinho!



   






   Uma decepção eterna! Não sei se foi justo ou não, mas achei que deveriam explorar mais essa personagem tão forte. Independente se ficaria muita informação ou não, queria pelo menos uns 5 minutinhos de luta com essa deusa vilã.





   Ai meu coração! Sim, tenho 18 anos e chorei demais quando essa coisa fofa caminhou rumo a fumaça venenosa. Cada vez que eu via ela em ação dava vontade de ir lá e apertar aquelas bochechas. Mais uma vez digo: não poderiam ter escolhido atriz melhor. Só acho que não fizeram da morte dela muita coisa, não teve o destaque que merecia. E o que fizeram com a voz da coitada que não disse uma palavra?







    Outros personagens que também fizeram o filme valer a pena foram Finnick (Sam Claflin) do qual eu particularmente AMO no livro mas não gostei tanto assim no filme. E Amanda Plummer como Wiress, que assim como Mags, ganhou meu coração.


  Enfim, um filme ótimo que superou todas as minhas expectativas. Saí do cinema feliz da vida por não ter achado que algo estava totalmente diferente, ou ruim. 
   Gostaria de ter boa memória para falar de todas as cenas mais fod*s de todo o filme, mas em vez disso, mando um super recomendo a todos vocês para saírem imediatamente da frente da telinha desse computador e ir ao cinema ver esse filme tão encantador.

17 novembro 2013

Filme: Água para Elefantes

Vamos falar de filme?

   Bom, essa é uma nova área que estou trazendo para o blog: Filmes.
   Ultimamente não to mais tendo tempo para ler, e isso diminuiu o meu ritmo de leitura, digamos que antes lia sete livros por mês, e agora sofro para ler dois. 
   Enfim, estou dando mais preferência a filmes, que são curtos.
   E para dar começo a essa parte, que tal um filme de um livro que tenho há bastante tempo mas nunca conferi?




Água Para Elefantes

   Jacob Jankowski é um jovem universitário que está nos dias finais da faculdade de veterinária, e já na sala de prova que o dará o certificado quando é interrompido para receber a notícia que mudará sua vida, a morte de seus pais.
   Jacob, ainda chocado e totalmente triste, descobre também que tudo que seus pais tinham, agora pretence ao banco, pois fizeram muitas dívidas para bancar sua faculdade.
   O jovem sem rumo, apenas com a roupa do corpo sai andando desolado em busca de alguma oportunidade de emprego quando embarca no trem Irmãos Benzini - O Maior Espetáculo da Terra, um círco super conhecido da época.
   As necessidades começam quando Jacob percebe que trabalhar em um círco pode ser completamente diferente ao que parece quando se é um espectador, e que cada dia pode ser tão cansativo que o faz parecer anos.
   Jacob também conhece Marlene, a artista que se apresenta com os cavalos e também a mulher do dono do circo, é claro que se apaixona por ela.
   A partir daí, ele se destaca cada vez mais entre os outros funcionários por sua habilidade com os animais, até se tornar quase o braço direito de August Rosenbluth, o tal dono.
   Dentre essa paixão e tantas outras coisas, Jacob se vê diante a escolhas que poderão mudar completamente tanto sua vida como a de outras pessoas também. Será que esse amor sera o bastante para se decidir a qual escolha seguir?

   QUE ELENCO! Praticamente isso diz tudo sobre o que eu achei.
   Mas vamos por partes…
   Como disse tenho esse livro e o filme há bastante tempo que já estava até mofando aqui, eis que em um dia de tédio resolvi dar uma conferida no filme. E me arrependi por ter perdido tanto tempo.
   O filme é bom do começo ao fim, me tirou completamente o sono enquanto assistia, e parece que se passaram apenas minutos.


   Uma das coisas que mais gostei no filme, foi o destaque e o interesse em nos mostrar como era o circo há tantos anos atrás e que era vida para muita gente. E também um breve mostruário de como era, a vida por trás dessa grandiosidade em que é um círco. 

   Me deu até uma vontade de ir naquela época só para degustar um mínimo espetáculo. Uma das artes mais lindas do mundo!





   

Não poderia deixar de dar destaque ao ator que deu vida ao personagem ao qual mais gostei. Christoph Waltz, que fez o tão malvado August Rosenbluth, dono do circo. Esse cara merecia um oscar somente pela sua participação nesse filme. Suas expressões e o seu molejo como ator fez August ser muito mais além do que um personagem vilão.









  

   Confesso que esperava bem mais de Reese Witherspoon, que interpretou Marlena Rosenbluth. Sempre que via a capa desse filme, achei que somente por tê-la como parte da trama já era de se esperar que fosse um ótimo romance, mas acabei pensando o contrário depois que vi. Não sei se é a expressão certa, mas senti que não "rolou química" entra ela e Robert Pattinson. Mas também vale lembrar que sua personagem é uma mulher que faz tudo para conseguir o que quer. Ela pode não ter ganhado meu coração no romantismo, mas me ganhou completamente atuando como artista circense. Soube interpretar muito bem e nos deus ótimos momentos de espetáculos.



   Quanto a Robert Pattinson, achei uma bela atuação. Ainda não me livrei do pensamento em que ele sempre será Edward Cullen, mas atuações assim, estão em rumo a mudar isso. Ele foi além das telinhas e nos trouxe um Jacob real, que sofreu, que lutou e que amadureceu ao longo da trama. Acho que como ator, melhorou muito após esse filme, principalmente pelo contato direto com animais. Afinal, quem não queria essa elefanta Rose como animalzinho de estimação?



   Agora eis que vou falar sobre o meu fato favorito do filme: o triângulo amoroso. Parece até ironia levando em conta que são os protagonistas, mas eles são os melhores personagens do filme! Um romance melhor que crepúsculo, com o mocinho do interior, a artista da vida real e o vilão aparentemente bonzinho. 


   Enfim, um filme ótimo, mesmo me tirando algumas lágrimas com cenas de maus tratos a animais. E assim que terminei de vê-lo corri para pegar o livro na estante e começar a ler logo.


16 novembro 2013

Os Colegas de Anne Frank

   Os Colegas de Anne Frank é como se fosse um documentário em livro, não traz uma história exata, não é de fantasia e também não pode ser considerado um Best seller. Mas dentre tantos “nãos”, o livro se destaca de uma maneira inexplicável, principalmente para os intensos fãs de Anne Frank.
   Nós amantes dessa mocinha vivemos buscamos cada vez mais vestígios e vestígios de escritos e relatos que possam nos dar algo a mais a aprender sobre ela, seja ao menos um mínimo relato de seu jeito de se comportar.
   Esse livro trás para nós, o relato de um pequeno grupo de sobreviventes judeus da Segunda Guerra Mundial que estiveram e conviveram com Anne.
   São relatos chocantes, mas também muito emocionantes, contam sobre como se sentiam diante a guerra e a discriminação, sobre como as memórias ainda são tão fortes em suas mentes que quando elas vêem, lágrimas escorrem pelos seus olhos. Sobre como passaram fome e aperto que nenhum ser humano merecia.
   Realmente queria poder me aprofundar falando mais e mais sobre o livro, mas como ele é tão intenso e tão único, só tenho a dizer que só lendo mesmo para poder sentir essa emoção diante dos acontecimentos.

   Foram tantos quotes que marquei que fica impossível colocar todos aqui, então vou mostrar os que mais gostei.

“- Deixamos de ser crianças para logo ser adultos por força das circunstâncias.”  
- página 81
   Diz Nanette se referindo a quanto teve que amadurecer por conta do sofrimento que passou.



“Os professores também se divertiam com ela. No começo eu só a achava simpática, mas depois percebi que se tratava de uma garota bastante especial.” 
- página 101
   Albert diz sobre Anne Frank. E para ela, ele era apenas um entre seus tantos admiradores.


   Ao ler o diário de Anne, sempre achei que Jacqueline van Maarsen era realmente a melhor amiga dela, e quando chegou sua vez a relatar , não senti tanta afetividade assim. Calma, é claro que no livro temos a visão apenas de Anne, sobre como ela se via na escola e como se achava atraente, mas Jacqueline diz ao contrário.
“Ela não era tão atraente como se achava, só fazia questão de se achar o centro do mundo.”
   Sempre soube que poderia haver controvérsias ao que Anne escrevia, por isso não fiquei tão chocado ao ler.



"Achei o fato de Anne ter escrito mais impressionante do que o que de fato ela escreveu. Ninguém de nós na época não tinha ideia de que ela se tornaria escritora." 
- página 146



"Na época eu também jamais poderia imaginar que ele seria, depois da Bíblia, o livro mais lido do mundo." 
- página 166
   Diz Nanette se referindo ao livro que já era bastante conhecido em bastante países.



"Quando nao há ninguém que faça por nós, é preciso aprendermos a cuidar de nós mesmos" 
- página 168



Sobreviventes que estiveram no reencontro:
Nanette Blitz (São Paulo)
Hannah Goslar (Jerusalém)
Lenie Duyzend (Amsterdã)
Jacqueline van Maarsen (Amsterdã)
Albert Gomes de Mesquita (Eindhoven)

Enfim, um livro tão bom e tão emocionante tem que ser lido não só pelos amantes de Anne Frank. É uma lição de vida.